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“O Universo é uma manifestação da Vida, e não o inverso”. Essa é a afirmação central do Biocentrismo. Robert Lanza, Matej Pavsic e Bob German, um biólogo, um físico teórico e um astrônomo respectivamente, uniram seus conhecimentos para elaborar a obra mais recente (Jan 2023) sobre Biocentrismo: “The Grand Biocentric Design: How Life Creates Reality” (tradução livre: “O Grande Projeto do Biocentrismo: Como a Vida Cria a Realidade”). Infelizmente, não localizei uma versão em português desse livro.
Na física quântica, uma partícula só se torna real (colapsa em matéria) quando um observador a detecta. Parece incomum, mas no âmbito quântico, dominado por partículas infinitamente minúsculas que compõem átomos, as leis tradicionais da física não se aplicam.
O universo quântico é preenchido por ondas de energia. Analogamente, imagine jogar uma pedra num lago tranquilo. Ondas se formam e expandem em círculos em todas as direções a partir do ponto de impacto. Cada segmento desses círculos representa um estado potencial da partícula original no universo.
Transpondo essa ideia para o mundo visível, considere a imagem de uma pessoa caindo num campo de futebol. Imagine um círculo de 360 graus ao redor dessa pessoa. No próximo segundo, teríamos 360 versões distintas dessa pessoa, todas em ações e aparências diferentes. Conforme o tempo passa, essas “versões” se movem para frente, ampliando o círculo e gerando novas versões, cada uma distinta das já existentes, sem nunca haver duas cópias exatas.
Diante desse cenário, qual seria a “versão” verdadeira? Em termos mais técnicos, existe uma função de onda originada da partícula inicial. Quando um observador consciente surge, ocorre o colapso dessa função de onda, “criando” uma partícula real. Em outras palavras, ao observar uma das pessoas no campo, todas as outras “versões” desaparecem e somente a que você viu passa a existir.
Bom, a chave aqui é o observador “consciente”. Nunca achei nada nos livros de física quântica quanto a isso. Mas, a teoria que Lanza está querendo provar é de que é necessário um observador consciente para que a partícula saia do estado de energia e se transforme num pedacinho de matéria. Pra este texto funcionar, precisamos “aceitar” esta idéia, mar é importante deixar claro que isso ainda é somente uma teoria. Nada foi provado quanto a isso ainda.
Se essa ideia parece complexa, você não está sozinho. Até mesmo Einstein teve dificuldades para aceitar as leis da física quântica. Se isso lhe confunde, você está em excelente companhia.
Agora, vamos abordar o Biocentrismo. Algumas pistas que levaram ao desenvolvimento desta teoria incluem “coincidências” universais, como a Proporção Áurea, entre outros números que surgem frequentemente na natureza. Surpreendentemente, se esses números fossem ligeiramente diferentes, a vida como a conhecemos seria impossível.
Analisando essas e outras coincidências, a teoria do Biocentrismo foi proposta. Basicamente, ela afirma que um universo sem Observadores Conscientes não existiria. As ondas de energia do universo quântico jamais seriam incitadas a colapsar e formar matéria. Sem matéria, não haveria Universo.
Uma reflexão interessante para entender isso é:
E você, o que acha? Haveria som nessa situação?
Se você respondeu que sim, você não está sozinho. Essa é a resposta mais intuitiva. No entanto, o som é uma percepção biológica e consciente. A queda da árvore geraria um vasto deslocamento de ar, que se propagaria por quilômetros, podendo até afetar alguns galhos ao redor. Mas, sem um observador consciente para registrar a vibração do ar como “som” em seu cérebro, o som não existe.
A teoria do Biocentrismo ainda está em desenvolvimento, com os autores a cada ano adicionando mais embasamento teórico e experimentos. Eles buscam unificar a Física Quântica e as teorias da Física Clássica para criar um conjunto único de leis que possa descrever tanto o mundo quântico quanto o mundo visível. O “Observador Consciente” pode ser a chave para esta conexão.
Segundo o Biocentrismo, a vida cria o universo, pois a vida é o Observador Consciente. Portanto, se o universo existisse antes da vida, ele permaneceria em um estado infinito de onda e nunca se materializaria.