Explorando a Psicanálise: Desvendando os Mistérios da Mente e a Busca pela Felicidade

Quando comecei este blog, estava com a ideia megalomaníaca de que iria resolver o problema da felicidade. Eu não estava feliz, não achava que a terapia estava funcionando e decidi começar a ler tudo que podia sobre o tema para, de fato, resolver, de uma vez por todas, a questão. Nem preciso dizer que “de cada pena que eu puxava, saía uma galinha inteira”. Agora, vou recomeçar o blog, mas vou focar apenas em contribuir com minhas percepções sobre tudo que li até agora. Não faço ideia se estou falando alguma besteira, sintam-se à vontade para corrigir qualquer coisa, mas, a partir de agora, vou apenas escrever. Todos os dias quero postar algo novo, quero organizar minhas ideias e, de certa forma, me fazer feliz apenas escrevendo, sem me preocupar com referências ou formalidades, apenas escrevendo…

Sempre estive muito acostumado com problemas exatos. Quando apresentava uma tese, de qualquer assunto profissional ou acadêmico, ela precisava ser sólida e, na grande maioria das vezes, irrefutável. O conceito precisava estar correto, o modelo seria fechado e a prova matemática tinha que confirmar o modelo. Um trabalho bom, para mim, seria questionado somente quando alguma tecnologia nova fosse inventada ou algum lampejo de genialidade em algum lugar do mundo conseguisse mudar as bases de onde saíram os conceitos iniciais da tese. Fora isso, não tinha muita conversa, aquilo era aquilo e ponto final.

Aí me aparece essa tal de psicanálise. Já quebro a cara ao perceber que praticamente tudo é baseado em estudos empíricos. Uma das primeiras coisas que Freud diz em seus estudos do inconsciente é que a psicanálise tenta cobrir um vácuo da psicologia. Os métodos científicos da psicologia avançam e conseguem mostrar as interconexões do cérebro quando um paciente está sentindo esta ou aquela emoção. Mas, é uma informação com pouca utilidade prática em consultório. Mais ou menos assim, conseguimos colocar um paciente deprimido em um “scanner” cerebral e identificar quais áreas ficam ativas quando essa pessoa tem uma crise de ansiedade. Por mais legal que essa informação seja, não é como se tivéssemos algum mecanismo para entrar no cérebro daquela pessoa e desligar a parte do cérebro que está ativa. Não dá para “mecanicamente” acabar com a crise de ansiedade da pessoa.

A psicanálise aparece como uma forma de analisar o inconsciente, as experiências e traumas do paciente, com o objetivo de criar uma conexão entre acontecimentos passados que influenciam os problemas atuais. Conversando, aprende-se sobre abusos que a pessoa pode ter sofrido, crenças limitantes impostas pelos pais ou pela escola, entre outras coisas. Assim, ao expandir a consciência dessa pessoa sobre a própria vida, previne-se e até pode-se até curar sintomas como uma crise de ansiedade. Agora, como fazemos tudo isso? Conversando… cada pessoa apresenta sintomas diferentes, com passados completamente diferentes, que não têm, necessariamente, qualquer referência em comum, e praticamente nada disso tudo pode ser medido ou comprovado cientificamente. No entanto, pode-se comprovar estatisticamente que os pacientes que se tratam com psicanálise melhoram.

Então, temos métodos e equipamentos científicos que mostram um monte de coisas, mas que não resolvem o problema prático de curar o paciente. E temos um conjunto de observações clínicas que praticamente não tem nem como ser analisado cientificamente, mas que, comprovadamente, fazem os pacientes melhorarem e até se curarem.

Acho que o que me fascinou nessa história toda é justamente que ela derruba tudo que eu via como ciência. Entrar nos estudos de psicanálise significa entrar num ambiente onde uma pessoa (por exemplo, Freud) escreve um monte de coisas sobre como acha que algo acontece. Aí vem outra pessoa (por exemplo, Jung) que briga com a primeira e diz que as coisas não são bem assim. Os dois conseguem estar certos e errados ao mesmo tempo. Na realidade, o que fizeram foi mostrar os casos de sucesso que tiveram através de seus respectivos métodos. E o mais legal de tudo é que, com certeza, ainda pode aparecer uma terceira pessoa que vai dizer que os dois anteriores estavam errados e que o método dela é diferente. E isso não tem fim. Pois, desde que o método funcione e os pacientes melhorem, o trabalho está feito.

Com este post, vamos dar um novo começo a este blog. Vai ser cheio de paradoxos, confusão e coisas que não fazem muito sentido, mas dão certo. Com isso, vamos ver onde vou chegar. Se não der para explicar, pelo menos vou tentar confundir 😁.

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