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Artigos Sobre Psicanálise

“Explorando os Arquétipos de Jung: Uma Fascinante Jornada Pela Mente Humana”

Ah, que desafio fascinante! Explorar o mundo intrigante dos arquétipos de Jung pode ser como se aventurar em uma selva repleta de caminhos entrelaçados. Jung realmente se superou em criar um labirinto de mais de 200 páginas! Mas vamos lá, vou compartilhar os pedaços que consegui decifrar dessa charada intelectual. Porém, não espere garantias absolutas nesse tema, pois a complexidade é de dar nó na cabeça!

Jung nos presenteia com a ideia de que existem tipos universais que estão dentro de cada um de nós, uma espécie de herança mental transmitida através das gerações. Não importa se você é de Marte ou da Terra, esses tipos primordiais estão lá, prontinhos para agir. É como se fossemos uma mistura de genes mentais de todos os nossos antepassados, é mole?

Vamos pegar o exemplo do herói. Ah, esse herói! Ele está por toda parte, em histórias de todos os cantos do mundo. Pode ser um Jedi sendo treinado por um mestre sábio para enfrentar o vilão Darth Vader, ou um gato de botas que enfrenta seu rival de infância após uma vida de treinamento nas ruas. Se olharmos bem, as histórias são quase idênticas, só mudam os personagens. Órfãos encontrando mestres sábios que os preparam para lutar contra o mal. É como se fosse um replay global.

Jung pesquisou histórias de todas as épocas e lugares, criou um mapa das semelhanças e deu a essas figuras comuns o nome de arquétipos. Tem uma coleção deles, viu? Tem o guerreiro, o sábio, o mago e por aí vai. Mas vou focar em três que me chamaram a atenção: Anima, Animus e Trickster.

A Anima é o arquétipo feminino, mas calma lá, não estou falando só das mulheres, não! Homens e mulheres têm ambos os arquétipos dentro de si. A Anima é sobre acolhimento, sensibilidade e empatia, é como um abraço caloroso da alma.

Já o Animus é o arquétipo masculino, o cara que manda, que raciocina, que domina as paradas. Ele é o planejador, o executor, o cara que faz acontecer!

E aí temos o Trickster, o brincalhão que adora nos levar pelo caminho errado. Ele faz o que nós não temos coragem de fazer. Lembra do filme “Curtindo a Vida Adoidado”? O Ferris Bueller convence os amigos a matar aula e curtir o dia ensolarado em um carro conversível. Esse é o Trickster em ação, sempre aprontando e criando memórias incríveis.

Aqui vai um segredo: todos nós temos um pouquinho desses arquétipos dentro de nós. Pode agradecer ao Trickster por todas as confusões que você já se meteu, e aos outros dois por te guiarem em momentos de acolhimento e realização.

Mas olha, a chave para a boa saúde mental é o equilíbrio,

“Interpretação de Sonhos na Psicanálise: A Discordância entre Freud e Jung e a Importância da Autoanálise”

Passei por uns 3 psicólogos diferentes. Não sei bem se caiu em desuso, pois nenhum psicólogo me perguntou sobre meus sonhos, mas, uma das coisas que mais me chamou a atenção quando comecei a estudar psicanálise foi justamente a interpretação de sonhos.

Até onde entendi, foi aí que começou a discordância entre Freud e Jung. Jung era discípulo de Freud, foram amigos por muito tempo. No entanto, as visões de ambos sobre os sonhos eram completamente diferentes, a ponto de não conseguirem se entender e terminarem por se separar de forma que hoje temos os psicanalistas “Junguianos” e “Freudianos”, entre outros.

Para Freud, os sonhos eram representações de desejos. Sempre indicavam algo que a pessoa queria realizar (desejo, punição, etc.).Também existe um conteúdo latente que é a semente que permite ao cérebro “gerar” o sonho.

O conteúdo manifesto é o mais óbvio, é a lembrança direta do que aconteceu no sonho. Por exemplo, você sonhou que estava andando a cavalo na praia. Este seria exatamente o conteúdo manifesto.

O conteúdo latente é que não fica claro no sonho e depende de interpretação. Se o cavalo estivesse correndo desenfreadamente na praia, isso poderia indicar que a pessoa tem uma vida regrada demais e que quer se deixar levar, quer se soltar mais e se sentir mais livre. Este seria um exemplo de conteúdo latente possível.

Nunca alguém vai conseguir interpretar seus sonhos de uma forma “matemática”. Não existe uma regra de sonhei “isso” por causa “daquilo”, que sirva para todo mundo. Apenas o sonhador tem todas as informações para a interpretação de seu sonho e, mesmo assim, a maior parte está inconsciente. A pessoa mais indicada para interpretar o sonho é o próprio sonhador. O psicanalista apenas auxilia no processo de introspecção.

A briga com Jung foi justamente neste ponto. Freud via o sonho como a realização de um desejo. Jung via o sonho como uma conversa com o inconsciente. Então, não necessariamente, o sonho seria somente um desejo, mas poderia simplesmente ser o inconsciente tentando te passar uma mensagem do que você poderia ou não querer fazer. Sonhos também pediram vir do inconsciente coletivo, tópico que realmente gerou desavenças entre Freud e Jung.

A diferença parece boba, mas foi suficiente pra criar duas linhas diferentes de psicanalistas.

Vou dar um exemplo de um sonho meu, inofensivo, mas que vai dar uma idéia de como funciona a interpretação.

Há, e uma coisa importante, tanto para Jung quanto Freud, tudo que acontece nos sonhos diz respeito EXCLUSIVAMENTE a VOCÊ. O personagem princpal É VOCÊ e tudo que eles fazem indicam coisas que VOCÊ gostaria de fazer mas que os filtros em sua mente impedem você se imagine fazendo; por isso, sua mente usa outras pessoas da sua vida para representar o que não pode ser representado por VOCÊ. O cenário do sonho e personagens, de acordo com Freud, são tirados de acontecimentos relevantes dos últimos 2 ou 3 dias do dia do sonho.

Nesta noite, acordei assustado, no meio da noite e anotei o sonho pois não fazia a mínima idéia nem de como começar a interpreta-lo (é… fico anotando sonhos agora, acabou virando um hobby 😴). Pedi ajuda para minha psicóloga e chegamos numa conclusão meio embaraçosa, mas que deu pra superar. Então, este foi um SONHO , não aconteceu de verdade:

“Eu moro em em uma cidade no Vale do Paraíba, perto do litoral norte de São Paulo. Estava com um parente doente e chamei uma de minhas irmãs para levar a pessoa doente comigo para uma cidade no litoral. Aí, sinto que peguei a pessoa, coloquei no carro e levei. Mas depois disso, havia um branco. O sonho passa para o dia seguinte e, no dia seguinte, as pessoas do escritório estavam me contando como eu havia levado a pessoa. Eles estavam me contando o que tinha acontecido, que tinha sido uma loucura, sair correndo e arrumar tudo, etc. Mas, eu, embora soubesse que tinha acontecido, não me lembrava de absolutamente nada do dia anterior, nem do que havia acontecido com o doente e nem como tinha voltado pra minha cidade. Foi uma amnésia de um dia, no meio do sonho.”

Vamos à interpretação: O ponto central do sonho foi esta amnésia. Foi justamente o fato de estar todo mundo me contando sobre o dia anterior e eu estar totalmente perdido na história do que havia acontecido. Então, este lapso de memória era o que mais me intrigava.

Aí, minha psicóloga começou a me explicar: Como o principais acontecimentos no sonho ream a amnésia e o doente, então, as duas pessoas estavam me representando. Eu realmente costumava ir muito para Caraguatatuba nesta época. O que eu ia fazer? Ver minha psicóloga. Então, o sonho estava me dizendo que EU era levado para Caraguá frequentemente e não conseguia ver nada acontecendo lá. Ou seja, a parte embaraçosa era justamente que eu estava demonstrando que não acreditava que as sessões de psicologia estavam funcionando.

Fiquei com a cara no chão pois meu inconsciente estava, na verdade, reclamando da terapia 🤣 Eu não acreditava nem via resultados na terapia. Ou seja, meu sonho foi um jeito de registrar uma reclamação 🤣

Mas tudo bem, acho que continuo com o pé nos dois barcos, um cético e outro buscador. Então, acho que cada vez mais estou vendo os benefícios da terapia. Se não estivesse, não estaria aqui escrevendo sobre isso 🥸

Bom, existem diversas outras fontes que discutem os sonhos. Eu só gostaria de ver as pessoas usando mais a interpretação de sonho nas sessões de terapia. No famoso “Livro Vermelho de Jung”, existem passagens incríveis. Pra mim, ele deveria estar meio “allto” se realmente aconteceu tudo que ele diz em seu livro. Meu objetivo seria ter sonhos com 10% da clareza que Jung tinha… Ele não só sonhava, mas tinha um Netflix de sonhos, sonhos em série continuavam a cada noite. Ele conseguia conversar com os personagens de seus sonhos, ou seja, tinha acesso direto ao seu próprio inconsciente pra perguntar o que quisesse. Conseguia fazer debates dentro do sonho. Eu mal consigo colocar meu sonho em um parágrafo, Jung escrevia 10 páginas de detalhes de um único sonho!!! Bom, um dia eu chego lá.

Se você é uma daquelas pessoas que dizem que não sonham, saiba que isso é quase impossível. Você deve ter de 4 a 7 sonhos todas as noites. No entanto, sim, pode ser que você nunca se lembre de qualquer um deles. Uma dica que achei interessante foi a de fazer uma oraçãozinha pra você mesmo antes de dormir, pedindo para: sonhar, ver, sentir e escutar, além de lembrar tudo quando acordar. (A intenção não era rimar, mas deu certo 🤪).

Outra dica, ainda mais efetiva, é tomar um ou dois copos de água antes de dormir. Isso vai acabar te fazendo acordar no meio da noite pra ir ao banheiro e, quando acordar, vai se lembrar do sonho que estava tendo um pouco antes. Confesso que usei esta técnica várias vezes quando estava mais interessado em anotar meus sonhos 😊.

E, por último, sempre anote o sonho assim que acordar. Não pense que seu sonho foi tão incrível que vai lembrar pro resto da vida que, de verdade, vai começar a esquecer enquanto ainda está escrevendo. Precisa ser muito rápido pra anotar enquanto ainda lembra. O curto tempo entre sair da cama e ir pro banheiro já é suficiente pra esquecer do sonho inteiro. Seja rápido e BONS SONHOS 😴

“Sincronicidade: Desvendando o Mistério das Coincidências Significativas e Fascinantes”

OK, hoje não estou com muita cabeça pra pensar muito nem chegar a conclusões. Então, vou falar sobre a coisa menos conclusiva que conheço e mesmo assim, um dos assuntos mais interessantes sobre o qual já li.

Como comentei no último post, estudei este conceito mais a fundo nos livros do Jung. Até já havia escutado a palavra sincronicidade em um curso de meditação, mas nunca soube muito bem do que estavam falando, até ler o livrinho de Jung específico sobre o assunto.

Engraçado que algumas vezes vejo o pessoal comentando que Jung provou que existia a sincronicidade. Na realidade, não é bem assim. O que ele mostrou foi que existem sequências de eventos tão estranhas e tão raras, que merecem ser estudadas no futuro, quando novas tecnologias permitirem o seu estudo.

Acho que o maior problema da psicanálise é justamente a falta de instrumentos científicos. E talvez nunca venham a existir. Como seria possível olhar dentro do inconsciente da pessoa e ver se a pessoa realmente quer dizer o que está contando? Como avaliar o grau de felicidade exato de uma pessoa e comparar com o de outra? Como saber se a pessoa teve alguma ajuda do Universo quando ganhou a Mega-Sena? Tudo isso hoje é “medido” através de escalas em que o próprio assunto de estudo se avalia e expressa seu sentimento. Ou seja, extremamente subjetivo e ambíguo.

A Sincronicidade é mais uma destas coisas malucas que a gente pode dizer : “Não acredito em fantasmas, mas que eles existem, existem!”.

Então, o modelo básico que Jung tentou descrever foi que determinadas “coincidências” são tão raras, mas tão raras que precisam ter algum significado.

Por exemplo, e o exemplo precisa ser longo mesmo pra que cada probabilidade seja multiplicada e aí apareça a improbabilidade do fato:

Tudo começa com você sem dinheiro e precisando pagar uma cirurgia caríssima pra sua mãe. Você está amargurado pois não tem de onde tirar o dinheiro. Aí, aparece o seu amigo e te pede dinheiro emprestado… Você está quebrado, mas, mesmo assim, resolve ajudar e empresta o dinheiro pra ele. Seu amigo usa o dinheiro pra pagar o que deve no bar da esquina; o dono do bar não tinha troco e perguntou se ele queria receber o troco em balinhas, ele aceitou. No dia seguinte, seu amigo foi na casa da namorada e levou as balinhas para o irmãzinho dela. O menininho tinha ido na semana anterior na casa do avô e tinha ganhado um bilhete de loteria como pagamento por cortar a grama do quintal. O menininho ficou tão alegre com as balinhas que te deu um abraço e te “pagou” as balinhas com o bilhete que tinha ganhado. Aí, quando seu amigo estava voltando pra casa, te viu e veio bater papo. Contou pra você das balinhas e do bilhete de loteria. E disse: “Bom, já que me pagaram com este bilhete, está aqui, fica com ele, um adiantamento do que me emprestou ontem!”. Te deu o bilhete e saiu dando risada. Na manhã seguinte acontece o sorteio e você descobre que o bilhete foi premiado!!! Você ficou milionário!!! Já pode pagar, sem esforço, a cirurgia da sua mãe…

A probabilidade de todos estes eventos acontecerem para trazer o bilhete de loteria premiado para a sua mão é tão infinitesimal, que muitos diriam que seria impossível. Mas, acontece. Este é o tipo de coincidência que impressionou tanto Jung que fez com que ele incluísse o assunto em sua obra. Seria o Universo se comunicando ou apenas aleatoriedade? Não temos ferramentas para afirmar nem um nem outro, vale o que você gostar mais 🙃

Agora, acho que Jung nem teria falado sobre isso se não fosse por causa de Joseph Banks Rhine. Rhine foi o primeiro a tentar usar o método científico para estudar o Paranormal.

Pois é, agora vocês acreditam que o Jung era meio hippie né 😁. Bom, a pesquisa que inspirou tudo foi uma daquelas que dariam um filme. Rhine fazia experimentos com universitários. Neste caso específico, queria testar a percepção extra-sensorial dos estudantes. Pegou um deck de cartas e os universitários tinham de adivinhar qual seria a figura que estaria na carta retirada do topo do monte de cartas. Calculou a probabilidade de acerto, e a maioria dos estudantes acertou/errou de acordo com o esperado.

Ele continuou com os experimentos até achar a um estudante que havia acertado mais de 90% das cartas tiradas do baralho. A probabilidade disso acontecer era tão pequena que poderia ser considerada impossível. Este resultado, por si só, já seria impressionante. Mas o experimento continuou…

Acharam que o estudante poderia estar recebendo alguma dica da pessoa que estava tirando as cartas do monte. Então, colocaram os dois em salas separadas… índice de acerto ainda superior a 90%.

Pensaram: “Vai que é a distância, ele está captando algum tique da pessoa na frente dele ou algo assim”. Fizeram um teste por telefone, a dezenas de quilômetros de distância… índice de mais de 90% de acerto.

Testaram o fator tempo, pediram pro estudante adivinhar qual cartas seriam tiradas do deck no dia seguinte. Mais de 90% de acerto.

E continuaram com muitos outros cenários. Quem se interessar pode dar uma olhadinha no livrinho de Sincronicidade ou procurar pelo experimento de Rhine na internet.

Dá pra chamar isso de científico? A metodologia foi bem detalhada, bem descritiva, reportada de forma acurada. No entanto, ninguém nunca conseguiu dizer como o estudante conseguiu acertar tanto e nem replicar o experimento com outra pessoa. De qualquer forma, isso impressionou tanto Jung que o motivou a abordar o tema da Sincronicidade.

Como eu disse, ele não provou nada. Não tem como dizer que a sincronicidade existe ou não. Na maioria das vezes, você acaba vendo a sincronicidade somente após o fato. Naquela hora que você olha pra tudo que aconteceu na sua vida e tem aquela sacada: Hummm, foi por issso !!

Eu era extremamente cético quanto a este tema, mas tenho percebido tanta sincronicidade na minha vida, que já não sei mais o que pensar a respeito.

O post de hoje vai terminar meio no “ar” mesmo. Eu realmente não tenho nada de concreto pra defender ou não a sincronicidade, mas posso dizer que ela dá uma história sensacional, daquelas que dá frio na barriga quando alguém te conta 🫢. Como eu disse pra vocês no começo, “Eu não acredito em fantasmas, mas que eles existem, existem 👻!!”.

Explorando a Psicanálise: Desvendando os Mistérios da Mente e a Busca pela Felicidade

Quando comecei este blog, estava com a ideia megalomaníaca de que iria resolver o problema da felicidade. Eu não estava feliz, não achava que a terapia estava funcionando e decidi começar a ler tudo que podia sobre o tema para, de fato, resolver, de uma vez por todas, a questão. Nem preciso dizer que “de cada pena que eu puxava, saía uma galinha inteira”. Agora, vou recomeçar o blog, mas vou focar apenas em contribuir com minhas percepções sobre tudo que li até agora. Não faço ideia se estou falando alguma besteira, sintam-se à vontade para corrigir qualquer coisa, mas, a partir de agora, vou apenas escrever. Todos os dias quero postar algo novo, quero organizar minhas ideias e, de certa forma, me fazer feliz apenas escrevendo, sem me preocupar com referências ou formalidades, apenas escrevendo…

Sempre estive muito acostumado com problemas exatos. Quando apresentava uma tese, de qualquer assunto profissional ou acadêmico, ela precisava ser sólida e, na grande maioria das vezes, irrefutável. O conceito precisava estar correto, o modelo seria fechado e a prova matemática tinha que confirmar o modelo. Um trabalho bom, para mim, seria questionado somente quando alguma tecnologia nova fosse inventada ou algum lampejo de genialidade em algum lugar do mundo conseguisse mudar as bases de onde saíram os conceitos iniciais da tese. Fora isso, não tinha muita conversa, aquilo era aquilo e ponto final.

Aí me aparece essa tal de psicanálise. Já quebro a cara ao perceber que praticamente tudo é baseado em estudos empíricos. Uma das primeiras coisas que Freud diz em seus estudos do inconsciente é que a psicanálise tenta cobrir um vácuo da psicologia. Os métodos científicos da psicologia avançam e conseguem mostrar as interconexões do cérebro quando um paciente está sentindo esta ou aquela emoção. Mas, é uma informação com pouca utilidade prática em consultório. Mais ou menos assim, conseguimos colocar um paciente deprimido em um “scanner” cerebral e identificar quais áreas ficam ativas quando essa pessoa tem uma crise de ansiedade. Por mais legal que essa informação seja, não é como se tivéssemos algum mecanismo para entrar no cérebro daquela pessoa e desligar a parte do cérebro que está ativa. Não dá para “mecanicamente” acabar com a crise de ansiedade da pessoa.

A psicanálise aparece como uma forma de analisar o inconsciente, as experiências e traumas do paciente, com o objetivo de criar uma conexão entre acontecimentos passados que influenciam os problemas atuais. Conversando, aprende-se sobre abusos que a pessoa pode ter sofrido, crenças limitantes impostas pelos pais ou pela escola, entre outras coisas. Assim, ao expandir a consciência dessa pessoa sobre a própria vida, previne-se e até pode-se até curar sintomas como uma crise de ansiedade. Agora, como fazemos tudo isso? Conversando… cada pessoa apresenta sintomas diferentes, com passados completamente diferentes, que não têm, necessariamente, qualquer referência em comum, e praticamente nada disso tudo pode ser medido ou comprovado cientificamente. No entanto, pode-se comprovar estatisticamente que os pacientes que se tratam com psicanálise melhoram.

Então, temos métodos e equipamentos científicos que mostram um monte de coisas, mas que não resolvem o problema prático de curar o paciente. E temos um conjunto de observações clínicas que praticamente não tem nem como ser analisado cientificamente, mas que, comprovadamente, fazem os pacientes melhorarem e até se curarem.

Acho que o que me fascinou nessa história toda é justamente que ela derruba tudo que eu via como ciência. Entrar nos estudos de psicanálise significa entrar num ambiente onde uma pessoa (por exemplo, Freud) escreve um monte de coisas sobre como acha que algo acontece. Aí vem outra pessoa (por exemplo, Jung) que briga com a primeira e diz que as coisas não são bem assim. Os dois conseguem estar certos e errados ao mesmo tempo. Na realidade, o que fizeram foi mostrar os casos de sucesso que tiveram através de seus respectivos métodos. E o mais legal de tudo é que, com certeza, ainda pode aparecer uma terceira pessoa que vai dizer que os dois anteriores estavam errados e que o método dela é diferente. E isso não tem fim. Pois, desde que o método funcione e os pacientes melhorem, o trabalho está feito.

Com este post, vamos dar um novo começo a este blog. Vai ser cheio de paradoxos, confusão e coisas que não fazem muito sentido, mas dão certo. Com isso, vamos ver onde vou chegar. Se não der para explicar, pelo menos vou tentar confundir 😁.

Biocentrismo e Física Quântica: Como a Vida Cria o Universo

“O Universo é uma manifestação da Vida, e não o inverso”. Essa é a afirmação central do Biocentrismo. Robert Lanza, Matej Pavsic e Bob German, um biólogo, um físico teórico e um astrônomo respectivamente, uniram seus conhecimentos para elaborar a obra mais recente (Jan 2023) sobre Biocentrismo: “The Grand Biocentric Design: How Life Creates Reality” (tradução livre: “O Grande Projeto do Biocentrismo: Como a Vida Cria a Realidade”). Infelizmente, não localizei uma versão em português desse livro.

Na física quântica, uma partícula só se torna real (colapsa em matéria) quando um observador a detecta. Parece incomum, mas no âmbito quântico, dominado por partículas infinitamente minúsculas que compõem átomos, as leis tradicionais da física não se aplicam.

O universo quântico é preenchido por ondas de energia. Analogamente, imagine jogar uma pedra num lago tranquilo. Ondas se formam e expandem em círculos em todas as direções a partir do ponto de impacto. Cada segmento desses círculos representa um estado potencial da partícula original no universo.

Transpondo essa ideia para o mundo visível, considere a imagem de uma pessoa caindo num campo de futebol. Imagine um círculo de 360 graus ao redor dessa pessoa. No próximo segundo, teríamos 360 versões distintas dessa pessoa, todas em ações e aparências diferentes. Conforme o tempo passa, essas “versões” se movem para frente, ampliando o círculo e gerando novas versões, cada uma distinta das já existentes, sem nunca haver duas cópias exatas.

Diante desse cenário, qual seria a “versão” verdadeira? Em termos mais técnicos, existe uma função de onda originada da partícula inicial. Quando um observador consciente surge, ocorre o colapso dessa função de onda, “criando” uma partícula real. Em outras palavras, ao observar uma das pessoas no campo, todas as outras “versões” desaparecem e somente a que você viu passa a existir.

Bom, a chave aqui é o observador “consciente”. Nunca achei nada nos livros de física quântica quanto a isso. Mas, a teoria que Lanza está querendo provar é de que é necessário um observador consciente para que a partícula saia do estado de energia e se transforme num pedacinho de matéria. Pra este texto funcionar, precisamos “aceitar” esta idéia, mar é importante deixar claro que isso ainda é somente uma teoria. Nada foi provado quanto a isso ainda.

Se essa ideia parece complexa, você não está sozinho. Até mesmo Einstein teve dificuldades para aceitar as leis da física quântica. Se isso lhe confunde, você está em excelente companhia.

Agora, vamos abordar o Biocentrismo. Algumas pistas que levaram ao desenvolvimento desta teoria incluem “coincidências” universais, como a Proporção Áurea, entre outros números que surgem frequentemente na natureza. Surpreendentemente, se esses números fossem ligeiramente diferentes, a vida como a conhecemos seria impossível.

Analisando essas e outras coincidências, a teoria do Biocentrismo foi proposta. Basicamente, ela afirma que um universo sem Observadores Conscientes não existiria. As ondas de energia do universo quântico jamais seriam incitadas a colapsar e formar matéria. Sem matéria, não haveria Universo.

Uma reflexão interessante para entender isso é:

“Imagine uma vasta floresta desprovida de qualquer vida consciente. Nenhum animal está presente, nem na floresta nem ao redor. Apenas árvores e vegetação. Agora, imagine que uma árvore gigantesca é atingida por um raio, seu tronco explode e cai. O raio, a explosão e a queda da árvore produzem algum som?”

E você, o que acha? Haveria som nessa situação?

Se você respondeu que sim, você não está sozinho. Essa é a resposta mais intuitiva. No entanto, o som é uma percepção biológica e consciente. A queda da árvore geraria um vasto deslocamento de ar, que se propagaria por quilômetros, podendo até afetar alguns galhos ao redor. Mas, sem um observador consciente para registrar a vibração do ar como “som” em seu cérebro, o som não existe.

A teoria do Biocentrismo ainda está em desenvolvimento, com os autores a cada ano adicionando mais embasamento teórico e experimentos. Eles buscam unificar a Física Quântica e as teorias da Física Clássica para criar um conjunto único de leis que possa descrever tanto o mundo quântico quanto o mundo visível. O “Observador Consciente” pode ser a chave para esta conexão.

Segundo o Biocentrismo, a vida cria o universo, pois a vida é o Observador Consciente. Portanto, se o universo existisse antes da vida, ele permaneceria em um estado infinito de onda e nunca se materializaria.