Bem, está na hora de trazer mais estrutura para minha vida. Escrever às 2h da manhã não está funcionando. Costumava acordar cedo, às 6h, para levar minha filha à escola. Escrever às 2h e acordar às 6h não é sustentável.
Vou tentar escrever enquanto espero a chegada do jantar. Minha filha me viciou em Poke e acabei de pedir pelo iFood. Vou tentar terminar tudo antes da comida chegar. Vamos adicionar um pouco de emoção e correr contra o tempo.
Sobre relacionamentos, confesso que não li muito sobre o assunto. Minha principal fonte de informação é o canal do Marcos Lacerda no YouTube. Ele tem muitas respostas… Recomendo dar uma olhada no canal dele! 👍o Nós da questão
Agora, vamos ao tema do post. Parece que existe uma ideia social de como um relacionamento deve ser. As gerações mais jovens não se adaptam bem a esse padrão, e muitas coisas estão acontecendo, deixando os pais confusos. Não vou falar sobre os novos tipos de amor que surgem. Vou me concentrar apenas na ideia básica de que “quando duas pessoas estão em um relacionamento, seja namoro ou casamento, elas se tornam uma só”.
Tudo que tenho visto indica que essa é a pior coisa que pode acontecer em um relacionamento. A ideia de que duas vidas se fundem em uma, focando apenas no casal, leva a fazer tudo juntos e o “eu” desaparece nas frases, substituído pelo “nós”.
Esse tipo de relacionamento se desgasta com o tempo. As pessoas pensam que estarão em um relacionamento para sempre e que não precisarão de mais ninguém além da família.
Há vários problemas com essa ideia. Geralmente, ela vem do medo da solidão. Se a ideia é ter alguém para cuidar de você (e vice-versa) pelo resto da vida e evitar a solidão, isso não funciona, pois só serve para uma pessoa. Nesse modelo, o casal inevitavelmente se separará, e um dos parceiros ficará sozinho. Mesmo que passem a vida toda juntos, um deles morrerá antes do outro. Então, o que restar enfrentará uma velhice extremamente solitária. Estarão sozinhos em uma idade em que fazer novas conexões se torna mais desafiador, especialmente devido às limitações físicas impostas pela idade avançada. Nessa perspectiva, um relacionamento exclusivo e fechado apenas para os membros da família acaba sendo egoísta. Então, como evitar uma velhice solitária?
Cultivando uma vida própria e tendo muitos amigos.
Em outras palavras, para um relacionamento dar certo, ambos precisam continuar com suas vidas individuais e acrescentar a vida em comum. Cada um mantém seus amigos e também faz novas amizades com o círculo de amizades do parceiro ou parceira.
O mais importante é que a vida do casal permaneça saudável, sem que um anule a personalidade do outro. Por exemplo, se um gosta de pescar e o outro não, está tudo bem. Um pode ir pescar com os amigos, enquanto o outro vai ao teatro com os amigos. Ambos ficam felizes e também aproveitam momentos juntos, como tomar um caldo quente em uma noite fria, assistindo a uma série na Netflix.
==== O jantar chegou, exatamente 30 minutos depois que comecei a escrever… Vamos ver se consigo ser mais rápido amanhã 🤣 ===
Cada pessoa pode ter gostos diferentes. O problema de se tornar um casal fechado é que isso sempre resulta em uma exclusão de gostos. Por exemplo, se eu gosto de pescar e minha parceira não gosta, essa atividade é excluída da vida dos dois. Essa situação acaba minando o relacionamento aos poucos, até o ponto em que ambos não se conhecem mais como indivíduos. Sem terem uma personalidade própria, acabam se tornando desinteressantes.
Portanto, aqui está uma dica: apoie seu parceiro(a) a permanecer um indivíduo. Afinal, você se apaixonou pela pessoa que ele(a) era. Tentar transformá-la artificialmente em um espelho de você mesmo(a) fará com que a pessoa por quem você se apaixonou deixe de existir.
Isso sem contar os traumas que ficarão abertos e cutucando o relacionamento por qualquer coisa boba. Afinal, você “abriu mão de seu sonho por ela(e)”. Como que ela(e) não pode nem me ajudar a lavar as louças. Falamos de este tipo de trauma mais adiante, na sessão de psicanálise.